No dia 5 de agosto comemora-se o Dia Nacional da Saúde no Brasil. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável. Este dia foi escolhido em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872.
Oswaldo Cruz foi um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias da febre amarela, peste bubônica e a varíola no Brasil. Além de ter fundado em 1900 o Instituto Soroterápico Federal, transformado em 1908 em Instituto Oswaldo Cruz.
Instituída pela Lei nº 5.352/1.967, o dia tem ações que visam despertar valores relacionados à saúde. O tema, que vai muito além da ausência de doenças, está, na verdade, diretamente relacionado à presença de uma autêntica qualidade de vida no cotidiano da população. Ser saudável depende de uma série de fatores físicos e mentais que devem fazer parte da rotina de todos, como uma boa alimentação, privilegiando alimentos frescos em detrimento de alimentos processados e ultraprocessados, ingestão suficiente de água, a prática de atividades físicas, lazer e descanso.
A importância do SUS
Atualmente temos a noção de como o ideal é manter uma boa saúde e valorizar o Sistema Único de Saúde (SUS). Com todos os incalculáveis prejuízos que a pandemia do Coronavírus trouxe, a crise também evidenciou como através do SUS a assistência nos postos de saúde, urgências, emergências e hospitais, além das ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental, são essenciais para o controle de doenças como a Covid-19.
Também no SUS são realizadas ações de prevenção e promoção da saúde, que são importantes para melhorar a vida das pessoas, controlar doenças crônicas não-transmissíveis no futuro e não sobrecarregar o sistema hospitalar. Ainda assim, o Brasil privilegia a doença ao invés da saúde em termos de investimentos financeiros e atenção dos governantes, que têm pouco interesse em ações de longo prazo – com pouca visibilidade -, como as de prevenção e promoção da saúde.
Mesmo tão importante, grandioso e um dos sistemas mais complexos do mundo, o SUS possui recursos escassos para seu pleno funcionamento. Agregado a isto, os mecanismos jurídicos para apoiar o setor público com parcerias ou doações ainda é restrito, com poucos incentivos e pouco transparente. Isso ficou ainda mais evidente em tempos de crise, quando todas as decisões precisavam ser tomadas muito rapidamente.
Essas dificuldades, contudo, não deveriam ser um entrave para ampliação do investimento em saúde. Pelo contrário, agora abre-se uma oportunidade para o entendimento geral sobre a importância da Saúde Pública na vida das pessoas e no futuro do planeta. É fundamental criar um ambiente favorável às doações ou parcerias com o setor público, e valorizar o trabalho da sociedade civil organizada no fortalecimento e monitoramento de políticas públicas voltadas para a área.
Fonte: Felipe Pacheco/Sindicatos Online – SON