O trabalho é e sempre foi uma condição essencial para a humanidade. Não apenas para gerar riqueza, mas pela dignificação da vida. É através dele que se alcança a realização pessoal, que se desenvolvem relacionamentos interpessoais e que se aprende sobre disciplina e responsabilidade. Sua importância vai muito além de necessidades básicas. 

Assim, para destacar o papel do trabalho na vida das pessoas e assegurar melhores condições para cada trabalhador e trabalhadora, o Dia Internacional do Trabalho surgiu. Com ele, diversas melhorias passaram a ser requisitadas, visando a garantia dos direitos dos trabalhadores.

Em outubro de 1884, nos Estados Unidos, uma convenção presidida pela Federação de Ofícios e Sindicatos Organizados, unanimemente decidiu que 1° de maio de 1886 seria o dia em que finalmente a jornada de trabalho diária teria que obrigatoriamente seguir o limite de 8 horas por dia. O dia primeiro de maio hoje é celebrado por mais de 150 países ao redor do globo como Dia Internacional do Trabalhador. 

Dois séculos depois, trabalhadores no mundo todo ainda tem que lutar por direitos trabalhistas básicos. Segundo o levantamento do IBGE, no 4º trimestre de 2022, a renda média do brasileiro ficou em R$ 2.808. No pré-pandemia, esse valor era de R$ 2.853. O cenário mostra que, apesar da maior geração de vagas, os salários ainda não têm recuperação. 

Para que todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas pudessem ser atendidas – alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência – o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.547,58, valor mais de 5 vezes maior que o piso nacional.

A data, que representa as importantes conquistas dos trabalhadores ao longo dos anos, também coloca em evidência a necessidade de valorização dos trabalhadores brasileiros e as muitas melhorias que ainda precisam ser feitas. Nesse sentido, os sindicatos sempre tiveram uma atuação indispensável na defesa dos direitos trabalhistas e seguem sendo ferramentas de cobrança e fiscalização.

 

Por Camila Banhatto/SON, com informações de Dieese, IBGE e Uol